domingo, 17 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009








O
F i m
Fodeu tudo, observem, o mundo desaba.
É o caos que se propaga a todo custo
E não teremos sequer o tempo de um susto
É fácil notar que a esperança acaba.
Corram todos, depressa ! O tempo urge,
Pois já vêm hordas em nosso encalço.
Havemos de nos mover, mesmos descalços.
No esmo das trevas pois o sol não surge.
Ruge o leão um ronco grave que retumba,
E este gesto ruim nos anuncia desatre.
Acaso viste bem o barco em que entraste ?
Amigo, em breve tomarás na bunda.
Agora não tem mais jeito, é o fim de fato.
Tá todo mundo vendo e inclusive eu acho
Que vou chutar o pau do barraco saindo de baixo
E pular fora do barco antes dos ratos.
Eu cá por mim não tenho nada a ver com isso.
Apenas vejo as coisas em pedaços.
E enquanto o mundo acaba
Eu me desfaço dos meus compromissos.
O fim chegou porque era necessário,
Pois tudo que vive, diz a lei, perece,
Tão logo como uma fruta amadurece
É feito carne que apodrece no armário.
Há dez anos o Grupo MRRut fazia sua performance Furdunço no Teatro de Arena da Unicamp com poesia de João Miguel Moreira Auto (Damião). Os artistas Fernanda Giulietti, Marcelo Poletto, José Vicente da Veiga, Paulo Ito e eu, Max Costa representavam facetas do medo. A pintura dos painéis peix' eu te vermelhor e o ver de preto o tao ocorreram alguns meses antes, mas já fazem parte da idéia de apropriação de um espaço que ainda hoje é aberto e subutilizado. Algum tempo depois viemos a ocupar o Teatro de Arena com uma performance ainda maior, durante o V ENEARTE que produzimos no mesmo ano em outubro. Essa última performance acabou saindo um pouco dos trilhos mas foi espetacular.
Bons tempos de faculdade. Isso foi em 1999!
Mas os amigos continuam vivos no meu coração e nos cruzamos ocasionalmente.
SAUDADES!!!!
Fotos Everaldo Silva
Assinar:
Comentários (Atom)

